Dia Internacional da Mulher na Ciência

11, fevereiro de 2021

O lugar da mulher é pesquisando, publicando artigos, ocupando espaços.

No dia 11 de fevereiro, é comemorado o “Dia Internacional da Mulher na Ciência”, para promover a igualdade de gênero e estimular a participação feminina na área.

E para celebrar este dia, conheça duas histórias inspiradoras geradas na Universidade Vila Velha.

 

PROJETO: MATERNAR LACTANTES PRESAS

O projeto “Maternar Lactantes Presas”, foi desenvolvido pela egressa do Mestrado em Segurança Pública da UVV, Graciele Sonegheti. Ele acontece dentro do Centro Prisional Feminino de Cariacica.

Lá, há uma instalação específica para gestantes e bebês. Um espaço lúdico com brinquedoteca, berçário. Tudo pensado para que não percebam que estão dentro de um presídio.

As mães, recebem assistência psicológica, treinamentos e todo o amparo que protege os vínculos familiares. Pois, o fato das mães estarem presas não invalida a importância da relação entre mãe e filho.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) n.º 8.069/1990, assevera que a criança tenha, dentro da reclusão, o mínimo de amparo para amamentação, educação e assistência social, seguindo os princípios da humanidade e personalidade do ser humano.

 

Graciele Sonegheti

Egressa do Mestrado em Segurança Pública, Graciele Sonegheti.

Graciele acredita que esse projeto ajuda as crianças a não entrarem no mundo do crime. “Queremos proteger a infância do sistema prisional, dando condições mínimas para essas crianças se desenvolverem”. A ideia é expandir o projeto para outras penitenciárias.

“Maternar Lactantes Presas” já foi premiado duas vezes. Ganhou o Centelha ES e o Inove, que elegeu projetos inovadores dos servidores públicos.

 

TERAPIA COM CÉLULAS TRONCO

Animais paraplégicos que voltaram a andar, convulsões que diminuíram ou pararam, doença renal crônica curada…

Tudo isso só é possível graças à terapia com células tronco. Ela é desenvolvida pela professora UVV Betânia Monteiro, junto com mestrandos de Ciência Animal e estudantes de iniciação cientifica de Medicina Veterinária.

“Existem células no organismo que são muito potentes. Elas têm capacidade de desenvolver outras células e estimular o organismo a trabalhar num processo de reparação. Estas células são conhecidas como ‘células tronco’ e estão presentes em todos os organismos”.

As células, em pouca quantidade, são retiradas de animais saudáveis e transformadas em milhões no laboratório. Quando o animal tem algum problema que, sozinho ele não resolve, essa terapia potencializa a resolução.

 

Betânia Monteiro

Prof. Betânia Monteiro no laboratório UVV de Células Tronco.

O tratamento depende muito da capacidade do indivíduo de responder ao processo de interação celular que é proposto. Porém, existem doenças que não são possíveis de serem tratadas com as células tronco, devido à baixa resposta do organismo.

Desde os anos 2000, a professora Betânia faz esse tipo de pesquisa e hoje colhe os resultados com prêmios e triunfos. “O maior reconhecimento que a gente tem é poder constatar que a terapia celular traz qualidade de vida para o paciente”.

E termina ressaltando: “Tem coisas que o dinheiro pode comprar e coisas que não. A dedicação e o envolvimento como agente ativo de tudo que a gente está fazendo é muito importante. Nós fazemos a nossa valorização. O seu conhecimento não tem preço e ninguém tira de você”.

Que todas as mulheres possam, cada vez mais, ocupar todos os espaços. Onde elas quiserem.

A UVV seguirá apoiando e fomentando o movimento feminino dentro da Ciência.

 

Texto de: Giulian Ola e Natielen Tegner

Crédito das fotos: Raphael Araujo

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