Ao longo desta disciplina, apresentaremos de que maneira o modelo de pensamento dos designers tem sido reconhecido e utilizado por outras áreas do conhecimento como uma abordagem para solucionar problemas complexos de forma inovadora. Também vamos abordar um horizonte profissional no qual você, futuro designer, poderá integrar equipes de projetos focados em design thinking e atuar como design thinker.

A Genética é o ramo da Biologia que estuda a hereditariedade, ou seja, relaciona-se à transmissão de caracteres ao longo das gerações. É fundamental para a compreensão de diversos fenômenos e está intrinsecamente relacionada aos estudos da Evolução e da Biologia Molecular, permitindo as correlações entre as áreas e ampliando a possibilidade de resoluções e explicações para elas. Além disso, está presente no nosso cotidiano, pois, além de abordar os caracteres hereditários – permitindo a compreensão das nossas origens –, possibilita-nos entender e identificar diversas doenças, buscando o tratamento e/ou a cura para elas.

Nesta disciplina, vamos apresentar como o conhecimento de biologia molecular é utilizado para realizar a detecção e diagnóstico molecular de microrganismos, como eles podem ser utilizados na biotecnologia e os avanços biotecnológicos que ocorreram permitindo a otimização do que já é utilizado, promovendo avanços. Conhecer os princípios da biologia molecular é fundamental para melhor compreensão do que é feito biotecnologicamente. Sem medo de errar na afirmação, apontamos que conhecer toda a teoria por trás do dogma central da biologia molecular facilita o entendimento de que seus elementos (DNA, RNA e as proteínas) podem, de acordo com as características químicas e funções biológicas de cada um, ser utilizados como ferramentas.

Neste material, vamos relacionar a Bioética, a Biodiversidade e o Biodireito com os princípios basilares da vida constitucional, tentando provar que precisamos de uma ética universal em busca de diferentes espécies para fauna, flora e, até mesmo, manipulações genéticas que beneficiem nossa sociedade.

Geralmente, quando se fala em microrganismos, imaginam-se problemas relacionados à saúde pública e ambiental, principalmente devido aos casos de patogenicidade. Entretanto, esses organismos podem apresentar várias funções essenciais para o ambiente e para aplicações industriais. Os microrganismos apresentam elevada diversidade nos compartimentos dos ecossistemas. Visto que vários grupos compõem esses organismos, há sobre eles diferentes classificações, modos e hábitos de vida, além de funções no ecossistema, a serem estudados. De modo a compreender a importância e as aplicações que a área da microbiologia apresenta, necessita-se de maior conhecimento da sua caracterização e classificação. Sendo assim, esta aula inicial contemplará desde a definição de microbiologia até a classificação dos microrganismos.

A principal atividade do microbiologista é observar. A atuação de identificar, interpretar, manipular, alterar, combinar e melhorar os microrganismos só ocorre caso a observação seja realizada com perfeição. O entendimento dos microrganismos é algo fascinante para as mentes aguçadas e provocadas a dar respostas frente às possibilidades que seres microscópicos nos oferecem. Ao saber explorar a observação, as informações coletadas de forma desconexa e, muitas vezes, sem pretexto, geram resultados capazes de transformar a vida dos microrganismos e, por sua vez, o cotidiano dos humanos.

A fisiologia microbiana teve início quando Antoni van Leeuwenhoek, após construir um microscópio extremamente simples, com apenas uma única lente, examinou o conteúdo microbiano de uma variedade de substâncias naturais, ficando fascinado com a visão da Vorticela batendo seus cílios (Madigan et al., 2016; Schaechter, 2015). Durante o século XIX, descobertas acerca das necessidades nutricionais, de oxigênio, fermentação, bem como as pesquisas de Sergei Winogradsky sobre as mudanças químicas no ambiente foram essenciais para a compreensão da fisiologia dos microrganismos (Schaechter, 2015).

O tema da alimentação saudável tem se tornado cada vez mais comum, uma vez que a expectativa de vida da população vem aumentando. Afinal, é importante que as pessoas envelheçam com saúde. E para que isso ocorra, é necessário aumentar a produção de alimentos específicos que irão auxiliar na prevenção e manutenção da saúde.

A infertilidade pode ser definida como a ausência de uma gravidez após um ano de tentativas, com relações sexuais desprotegidas. Estima-se que existam, no mundo, mais de 180 milhões de pessoas inférteis, em torno de 48 milhões de casais em todo o mundo, o que representa cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva (OMS, 2020). É um problema que pode afetar tanto homens quanto mulheres e, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças da OMS (ICD-11, versão 09/2020), a infertilidade pode ser classificada em primária e secundária. Dentre as causas da infertilidade, podem estar envolvidos fatores externos ou ambientais e/ou problemas genéticos. Nesta disciplina, iremos focar nos problemas genéticos que podem ocasionar o distúrbio em ambos os sexos. Antes de iniciarmos os problemas genéticos envolvidos na infertilidade masculina e feminina, convém fazermos uma breve revisão sobre os conceitos básicos em biologia celular e noções gerais em genética para melhor entendimento do conteúdo a ser trabalhado.