Nas últimas décadas, o direito de todos à educação vem sendo debatido de forma integral. Isso quer dizer que o sistema educacional, estratégias metodológicas e ações educacionais estão sendo revistas e atualizadas. Uma das principais mudanças é o foco na inclusão escolar. Veremos todos os contextos e abordagens referentes ao atendimento educacional especializado nos diferentes níveis e modalidades de ensino nesta disciplina.

Ao longo da história, podemos observar diversas maneiras de entender as diferenças físicas, sensoriais e intelectuais entre as pessoas. Aspectos como costumes, crenças, cientificidade e marcos legais influenciam o entendimento do conceito de Educação Especial. Isso porque diferentes épocas produzem suas próprias interpretações do real, ou seja, a realidade do vivido se altera historicamente. Porém, temos de nos atentar para o fato de que, no âmbito das diferenças, as deficiências sempre existirão, independentemente da compreensão que determinada época ou sociedade construa acerca delas. Rodrigues e Maranhe (2010) analisam que a compreensão do outro em suas diferenças, ou o fato de que todos os seres humanos são distintos em diversos níveis significa aceitarmos a busca de opções para nos comunicarmos com interação e, concomitantemente, promovermos o desenvolvimento social coletivo.

Falar sobre a educação especial e a educação inclusiva é sempre um grande desafio. Este tema gera grande discussão e a necessidade cada vez maior de políticas públicas em relação a investimentos na área. A educação especial e a educação inclusiva têm que assegurar o direito de todos na participação efetiva na sociedade. No Brasil temos legislações específicas e uma história marcada por avanços quando nos referimos a esse tema, mas temos a consciência de que possuímos ainda um longo caminho para buscar a superação de alguns pontos nesse aspecto.

Ouvir é uma importante fonte de experiências sociais. Nenhuma incapacidade produz tantas dificuldades específicas em relação à comunicação e à linguagem do que a deficiência auditiva. Aprendemos a falar, a compreender a fala dos outros, a comunicar experiências e ideias; assim, podemos repassar o que ouvimos. Nesta disciplina veremos que é principalmente por meio da audição que adquirimos a linguagem, característica mais marcante ao ser humano. Não ter acesso à linguagem é não desenvolver em toda plenitude a capacidade linguística; é perder o direito de ser pessoa, em toda a abrangência da palavra. Os surdos estabelecem um sistema linguístico e, por meio do processamento das informações visuais-verbais, poderão acessar a simbolização e os conceitos.

A deficiência visual, no Brasil, está presente em cerca de 18% da população, de acordo com o Censo de 2010. Dentre as pessoas que compõem a população brasileira, 24% declararam ter algum tipo de deficiência, sendo que, dessas, mais de 78% têm deficiência visual, ou seja, a maior parcela de pessoas com deficiência em nosso país é composta por deficientes visuais (IBGE, 2010). Esses dados mostram um número expressivo de pessoas que necessitam de melhores condições de vida, no que se refere a acessibilidade, reabilitação, lazer ou convivência social, ou seja, há uma parcela significativa da população que precisa de atendimento na aérea de deficiência visual. No decorrer da história da humanidade, a deficiência foi percebida de diversas formas e as pessoas com deficiência foram, por muito tempo, excluídas da sociedade, confinadas e até mortas, por serem consideradas inaptas para o convívio social. A deficiência, caracterizada por uma alteração anormal de uma estrutura física, sensorial ou patológica, quando ocorre no sistema óptico humano, pode causar a cegueira total, ou apresentar limitações severas, evidenciando a baixa visão.

Cada vez mais a busca pela inclusão vem ganhando força em todos os espaços: educação, trabalho, lazer. Entretanto, para que essa inclusão seja real e efetiva, é necessário que as diferenças sejam vistas como oportunidade para o aprendizado e não como dificuldades. Nesta disciplina, o aluno irá compreender que não podemos aceitar que pessoas com deficiência tenham oportunidades limitadas em relação a atividades sociais, relacionamentos, educação, lazer ou trabalho.

A definição de Deficiência Intelectual passou por várias evoluções em seu processo de conceituação. Muitos termos se modificaram, outros caíram em desuso, alguns foram adaptados. Antes de se entender o que é Deficiência Intelectual, é necessária a compreensão do que é inteligência. Ou seja, como ela se constrói, qual sua finalidade ou importância no âmbito da aprendizagem, da construção da personalidade, da manutenção e perpetuação de uma família, do trabalho, de adaptação geral na família, na escola e na sociedade.

Assim como os demais transtornos, o do Espectro Autista tem múltiplos olhares, abordagens e interesses, incluindo controversas intrigantes, sendo que algumas delas serão abordadas nas aulas. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem caminhos de análise na área da saúde, de políticas públicas, da família, da neurociência e outras tantas. Assim, temos a proposta de apresentar aspectos gerais deste transtorno do neurodesenvolvimento, desde o histórico de estudos e definições, passando pelas políticas públicas, principalmente aquelas com impactos na área educacional, trazendo elementos diagnósticos e de intervenção nos quais educadores e familiares tenham maior envolvimento.

Desde o fim do século XX, o tema “criatividade para a inovação” se consolidou como estratégico para a sobrevivência das empresas tanto em tempos de turbulência quanto para a competitividade global. A criatividade também vem sendo abordada no âmbito da gestão estratégica do conhecimento como de extrema importância para a inovação tecnológica empresarial (criatividade como uma das alavancas do conhecimento para a inovação). “Mais do que um fenômeno global, a gestão do conhecimento se consolidou, em fins do século passado, como fator crítico de sucesso para a criação eficaz de vantagens competitivas nas organizações” (Sbragia et al, 2006, p. 79).