O brincar está presente nas discussões sobre educação, práticas pedagógicas e psicopedagógicas. Fala-se muito sobre a importância do brincar na educação infantil e de seu resgate nas práticas pedagógicas no ensino fundamental, além de sua utilização no trabalho psicopedagógico. Ressalta-se que a presença do brincar no cotidiano da escola não garante de fato sua efetividade. É fundamental que essa atividade seja planejada, organizada e que seus objetivos sejam definidos com clareza. Embora haja o reconhecimento do brincar como uma atividade importante para o desenvolvimento humano, cuja presença no contexto escolar é valorizada, ainda há uma visão do brincar como atividade distrativa e improvisada.

Entender o funcionamento do fenômeno atenção tem sido fundamental nos tempos atuais, em que as queixas atencionais se tornaram exacerbadas em um mundo tomado por um excesso de estímulos e de informações. Nesta disciplina, serão abordados desde as bases neurobiológicas da atenção, seus subtipos e a relação da atenção com o nosso comportamento.

É impossível tratar de inclusão na esfera educacional sem mencionar a Educação Especial. É por meio dela que a caminhada rumo à educação inclusiva se inicia. Dessa forma, será possível perceber que, apesar de ser uma necessidade social inerente, a inclusão, na maioria das vezes, não acontece de forma adequada. Para que isso ocorra, é necessário, primeiramente, que a sociedade entenda a diferença como uma característica construtiva que tende a agregar valores e um novo olhar sobre o meio em que estamos inseridos.

Qual é a relação da motricidade com os processos do pensamento? O comportamento motor tem, diretamente, uma relação com as emoções, a afetividade, o social? A resposta assertiva para essas questões é sim. O motivo que se pode investigar é que há uma interligação do pensar e da efetividade motriz. Para Wallon (Fonseca, 2008, p.15-16), a motricidade corresponde à primeira sequência paralela e simultânea que é criada estruturalmente relacionada com o meio,e é considerada um instrumento essencial dos processos de pensamento e suas interações com a vida de um modo geral. Outro ponto importante também citado por Fonseca (2008, p. 16-17) são as fases de maturação biológica referentes ao movimento e ao pensamento, desde os meses iniciais de vida, bem como na primeira fase do bebê na qual ele 3 passa de deitado para sentado. Posteriormente, ele evolui do sentar para o engatinhar, em seguida para o andar e o correr, mas isso ocorre de acordo com a maturação e o envolvimento do ser junto ao meio social, ou seja, há uma demanda do ambiente por meio da influência de outros humanos ou até mesmo de estímulos relacionados a objetos, como brinquedos, roupas e outros acessórios, uma vez que a criança procura se relacionar com os objetos, o que é uma sociointeração, e, assim, tem construções de pensamento. A patir disso, tem uma maturação de outros processos cognitivos, como linguagem, memória, atenção, percepção, planejamento etc.

O surgimento de novas tecnologias de neuroimagem nos permitiu, nas últimas décadas, entender melhor os processos cerebrais envolvidos em qualquer atividade. Assim, o desenvolvimento cognitivo hoje é compreendido para além de especulações teóricas, pois boa parte dos processos de maturação do cérebro podem ser verificados. Isso nos permite adotar práticas educacionais baseadas na realidade de como o cérebro se desenvolve, respeitando cada fase e todos os elementos envolvidos nesse processo. No decorrer deste curso, vamos apresentar questões fundamentais sobre como nossas capacidades cognitivas são moldadas e aprimoradas, no nascimento e no decorrer da vida.

Diariamente, você costuma enfrentar uma série de desafios, não é mesmo? Nos âmbitos pessoal e profissional, você, provavelmente, precisa lidar com pessoas difíceis, problemas das mais diversas ordens e imprevistos um tanto incômodos. A todo momento, você se comunica com os outros por meio da linguagem, expressando intenções e percepções. É possível, também, que você planeje o que fará no seu dia e as conquistas que almeja na carreira. Esses desafios que você enfrenta, vale ressaltar, são permeados por emoções e sentimentos capazes de influenciar o seu humor. Todos esses aspectos são governados pelo sistema nervoso central e, mais especificamente, pelo nosso cérebro. Esse órgão incrível e complexo permite que nos comuniquemos e resolvamos problemas. É ele o responsável pela nossa capacidade de planejar ações e de sentir emoções. Nesta aula, iremos nos debruçar em torno do sistema nervoso central e do cérebro.

Cérebro. Muitas pessoas podem sentir-se desafiadas por uma simples palavra, pela complexidade existente por trás dela, das sinapses, dos neurônios, das regiões cerebrais e suas funções, de toda a estrutura complexa que emana do cérebro. Nesta disciplina vamos compreender que hoje sabemos muito das suas características e especificidades e podemos associar a maioria das nossas ações ao controle que o cérebro impõe ao nosso corpo.

O aprimoramento dos estudos sobre a prática psicomotora compreendendo o outro em sua inteireza fez a evolução epistemológia gerenciar aspectos corporais, evoluindo de movimentos mecânicos a movimentos espontâneos, aperfeiçoando o olhar para as características relevantes dessas ações. É relevante perceber que a evolução paradigmática da educação sinaliza à compreensão de que o indivíduo, a partir de suas características, desejos, necessidades e de sua própria individualidade, está inserido num contexto social, geral e, principalmente, de aprendizagem. Reconhecer o outro em sua inteireza para potencializar as capacidades de aprender e de se desenvolver. Este é o olhar que a Psicomotricidade Relacional proporciona em suas intervenções. Cada sujeito é reconhecido por seus desejos, demandas e individualidade ao acessar o grupo.

O objetivo desta disciplina é propiciar ao estudante capacidade de compreensão dos conceitos e principais vertentes da Psicomotricidade. Aqui apresentados por meio do processo histórico e consolidação da identidade da Psicomotricidade, apresentando a importância da complexidade da teia de relações que o ser humano faz em seu desenvolvimento.