Era Copa do Mundo de 2018, a Seleção Brasileira enfrentava seu primeiro desafio contra a Suíça, enquanto isso, no hospital, Elisardo estava cercado por 5 cirurgiões para retirada de um câncer no pâncreas.
É celebrado no dia 4 de fevereiro o Dia Mundial da Luta Contra o Câncer, e nós, da UVV, temos nosso próprio herói.
Professor há mais de 40 anos, Biomédico e Pesquisador, Elisardo Vasques descobriu o câncer por uma casualidade. Sentiu uma dor muito forte no estômago e, na hora, sabia que havia algo errado. Ao chegar ao pronto-socorro, o professor da UVV encontrou uma ex-aluna como plantonista e, juntos, fizeram uma bateria de exames.
Diagnóstico
O pâncreas fica numa localização complicada e isso dificulta a detecção do tumor. A médica então perguntou se ela poderia ajudar em mais alguma coisa. “Eu gostaria de fazer uma tomografia computadorizada”, pediu.
Com o resultado em mãos, descobriu cistos malignos na cabeça do pâncreas. As chances de cura existem apenas se o tumor for descoberto na fase inicial. 95% das pessoas não sobrevivem.
O professor de Mestrado e Doutorado da Universidade descobriu a doença de forma prematura e logo iniciou o tratamento, o que foi decisivo. Paralelo a isso, sempre foi muito ativo, se alimentava bem, fazia dança de salão e pilates.
Prevenção
A professora e pesquisadora da UVV, Denise Coutinho Endringer, realiza pesquisas referentes à Quimioprevenção do Câncer. Ela afirma que existem dados epidemiológicos evidenciando que a alimentação e a dieta influenciam, tanto na prevenção, quanto no desenvolvimento do câncer. “É sabido que o álcool e produtos que estão presentes nos alimentos processados podem desencadear um processo de carcinogênese”.
Vale ressaltar que o contrário também é verdadeiro. Existem diversos componentes da nossa dieta que podem ajudar na proteção do corpo humano contra o câncer. Denise aponta que “alimentos ricos em sulforafano, como brócolis, couve-flor, repolho, são importantes na químioprevenção, bem como os carotenóides e flavonóides”.
Segundo a professora, há uma série de estudos que indicam o benefício destes e de outros alimentos naturais que, no consumo diário, ajudam a reduzir o risco de câncer.
Elisardo, que formou mais de 10 mil estudantes da área da saúde, agora via seu feito pelo hospital. Os médicos que o prepararam para a cirurgia eram seus ex-alunos. O procedimento durou 8 horas e Elisardo lembra dos detalhes até hoje. Um ano depois, repetiu todos os exames e já não tinha mais nada.
Gratidão
“Muitos me perguntam porque tive câncer se levo uma vida tão saudável, mas o câncer não escolhe, o que muda é a forma como ele se instala e isso depende do estilo de vida”, analisa Elisardo. Sobrevivente, com 72 anos, nunca perdeu a fé e acreditou, também, na Ciência, que o acompanhou por toda sua vida.
Que nesta data, possamos ser gratos pela vida e estar atentos ao nosso corpo e nossa mente, pois merecemos todo o cuidado que ofertamos ao próximo.
Texto de: Giulian Ola e Natielen Tegner
Crédito da foto: Raphael Araujo