Quando éramos crianças e tínhamos todo tempo do mundo, esperávamos ansiosos para nos tornarmos adolescentes. Quando adolescentes, queríamos conquistar uma suposta liberdade. “Quem nunca”?
A ideia de ter o próprio dinheiro, sair sem a supervisão dos pais e encontrar alguém bacana para namorar parecia ser o ápice da vida. Quando esse momento chegou, almejamos trilhar outros caminhos. Saímos do ensino médio e com um pulo, já estávamos na Universidade. Na Universidade, entramos no time da sala, na empresa júnior e partimos em busca de um bom estágio.
Trabalhamos firme e conseguimos um emprego. “Minha casa, minhas regras”, finalmente. Concluímos a faculdade e por uma semana sentimos o alívio de dever comprido. E agora?
Agora temos que lidar com as pressões vindo por todos os lados. A família nos cobrando um emprego melhor: “lembra do João? Ele passou em concurso federal aos 18. Você não vai tentar?”; O ex-colega de trabalho que já foi promovido; Nosso amigo de infância com inúmeras certificações a cada mês e o primo que conquistou o emprego dos sonhos.
Quando nossa vez vai chegar? O que chega bem rápido, na verdade, é o preço que pagamos por suportar todas essas pressões: crise de ansiedade, insônia e depressão. O tempo que sempre falta, o desânimo que sempre sobra.
Calma aí, parça. Segura a onda. Estamos em uma pandemia. Repete comigo: P-A-N-D-E-M-I-A.
Precisamos entender que é normal sentirmos tristeza, ansiedade e frustração, desde que não seja na maior parte dos nossos dias. Precisamos ficar atentos e pedir ajuda, se percebermos que a constante insatisfação não tem fim. Vamos tentar manter nossa saúde física e mental.
Não iremos precisar dos nossos diplomas se não estivermos bem. Faça uma pausa, assista uma série e ria de um meme. O que a gente realmente quer?
Como diria Lagum: “a vida é boa paca. Nem sei por que eu tô chorando, eu tenho vinte e poucos anos e não vou parar aqui”.
Lorrara Imagawa
Mestra em Administração
Tutora do ensino a distância